16/09/2015
Nem só de boa comida é feito o estado de Minas Gerais. Embora o queijo e o tempero atraiam turistas em todo o país, a região é também palco de festas tradicionais muito famosas.
O folclore mineiro tem matrizes na cultura portuguesa, africana e indígena e são verdadeiros rituais que envolvem música, comida e dança. As festas folclóricas de Minas Gerais possuem forte relação com a religião.
Muitas vezes, as festas folclóricas são feitas em devoção ou homenagem aos santos e padroeiros. Por isso, é bastante comum ver algumas manifestações, como o levantamento de mastro, o pagamento de promessas, assim como um bom banquete para aqueles que participam.
As festas de Minas são feitas pelas comunidades locais e acontecem, principalmente, no interior do estado. São sempre boas oportunidades para o encontro social e o exercício do festejo.
Deseja conhecer um pouco mais de Minas e do seu folclore? Conheça um pouco mais sobre cada uma dessas festas!
Uma das manifestações mais populares no folclore mineiro, o congado (ou congada) tem muita influência da cultura africana em fusão com a religião católica. Nele, são celebrados santos como São Benedito, Nossa Senhora das Mercês e, principalmente, Nossa Senhora do Rosário, conhecida como destinada a cuidar dos escravos.
A lenda acerca de sua origem afirma que o congado nasceu com a vinda do rei do Congo, conhecido como Chico-Rei, em um navio de escravos trazido pelos portugueses. Chico-Rei teria sido levado para Vila Rica e lá, conseguido libertar seu filho e alguns conterrâneos através do seu trabalho, sendo muito venerado pela comunidade de escravos.
O congado possui vários grupos, ou “ternos”, onde cada um possui uma formação, rito e identidade própria. Em geral, a festa é um ritual que envolve canto, levantamento de mastro, com coroação e instrumentos musicais. Os principais ternos de congado são:
Na cidade de Brumadinho, a comunidade de Sapé, também conhecida como Quilombo de Sapé, mantém seus traços culturais herdados de seus antepassados.
Conhecida em alguns locais como o carnaval a cavalo, a festa pagã nasceu como uma comemoração religiosa e era celebrada em datas santas. Trazida pelos portugueses, a cavalgada acontecida na principal praça das cidades, que era momentaneamente convertida em arena de teatro.
Na encenação do combate, de um lado ficavam os mouros vestidos de vermelho e de outro os cristãos vestidos de azul — onde a vitória era sempre pelo lado dos cristãos, representando a conquista da Península Ibérica. Hoje em dia, os trajes da cavalhada ganharam mais cores, ficando parecidas com alegorias de carnaval e o grupo é acompanhado por uma banda de música. Acontece nos meses de junho e outubro.
Outra festa de grande influência portuguesa, a celebração ao Divino Espírito Santo, teve início graças a uma promessa da rainha Isabel de Aragão. Na festa, é montado um palanque ou coreto, onde está o assento do Imperador.
Aquele que é escolhido como Imperador preside a festa. Em alguns lugares, como Diamantina, a festa inclui cortejos com trajes do império e também é celebrada uma missa para o Espírito Santo.
A festa acontece algumas semanas depois da Páscoa, no dia de Pentecostes. Para recolher donativos para a festa, algumas comunidades realizam cortejos que podem durar semanas.
Os reis magos Melchior, Baltasar e Gaspar são o tema da folia, que acontece no período de festas, entre 24 de dezembro e 06 de janeiro. Durante a festa, o líder e seu contramestre lideram a música e o canto do grupo, passando pela cidade e visitando a casa das pessoas, onde são entoadas profecias e palavras escritas pelos profetas.
A folia faz alusão às visitas dos reis no nascimento de Cristo. As festas folclóricas de Minas Gerais traduzem o espírito de celebração e de luta do povo mineiro, com todas as suas influências e heranças culturais. São festas ricas de ritmo, fé e sorrisos, garantindo boas surpresas para os visitantes.
Gostaram de saber mais sobre o folclore mineiro? Conte pra gente pelos comentários do post!
Voltar ao blog
