11/09/2015
A culinária típica de Minas Gerais, como tão bem reconhecida aqui e além de nossas montanhas, tem raízes no período do ciclo do ouro, no século XVIII da corrida pela exploração de suas riquezas. A concentração de portugueses, colonos de todo o Brasil, escravos e índios foi responsável pela mistura de culturas que marca até hoje quem nos visita.
As cidades históricas, tantas igrejinhas, esculturas de Aleijadinho e imagens de Mestre Ataíde, representam a arte de uma época, um estilo conhecido como Barroco Mineiro. Também arte, mas para o paladar, é o sabor do tempero daqui, um “trem” sem igual, que até hoje se acha nas cozinhas das casas e restaurantes espalhados pelo estado.
Conhece a história da cozinha mineira? Acompanhe este post e saiba mais sobre as delícias de Minas e suas origens!
Com tanta gente atrás de ouro, escravos trazidos para o trabalho e raízes indígenas bem marcantes, fazendas e tropeiros utilizavam utensílios bem parecidos com os das tribos daqui e das africanas, como potes, tachos, balaios e panelas de barro. Neles não podia faltar mandioca, milho, inhames e brotos, tudo que os negros conheciam muito bem.
Galinhas e porcos, criados com facilidade em espaços pequenos, passaram a ser muito usados com temperos simples e pouca gordura, do jeito português, muito limão e cachaça para dar um gostinho, urucum para dar a cor. Pratos descomplicados saíram dessas bases, com feijão, linguiça, lombo, frango ensopado e frito como atores principais, uma mistura que parece ter selecionado o melhor de cada cultura.
Os tropeiros faziam o importante trabalho de carregar mercadorias de todo o país para cá, abastecendo uma concentração grande de pessoas que viviam atrás das riquezas, que eles também ajudavam a carregar para fora do estado. Vivendo o tempo todo com limitações no meio das tropas, misturavam o que estava à disposição, como farinha, feijão, carne de porco, couve e estava pronto o feijão tropeiro do jeitinho que é feito ainda hoje!
Frango com quiabo
Um ensopado servido ao pé do fogão à lenha e com tempero de prosa boa é impossível recusar. Quando ele anda com um companheiro fiel fica ainda mais irresistível; e o quiabo faz o frango acreditar que os dois nasceram um pro outro.
Aqui em Minas todo mundo sabe que ele vai bem com qualquer coisa. Diferente da polenta, por ser feito com fubá de milho, o angu é muito fácil de fazer. Como qualquer comidinha mineira, exige atenção e carinho, mas sendo só água e fubá quem não tem vontade de fazer todo dia depois de experimentar?
O doce da goiaba sempre foi uma forma econômica de fazer a fruta render e durar, ainda por cima descobriram o tanto que é gostoso. Não poderia faltar queijo minas: o queijinho daqui combina bem com muita coisa, mas com a goiabada os dois parecem mesmo Romeu e Julieta.
As receitas de Minas Gerais têm muita coisa em comum, não são muito complicadas e misturam ingredientes de um jeito único, mas o certo mesmo é que todo mundo acha bom demais da conta! Se o jeito animado da gente daqui parece entrosar com os sabores, os sorrisos simples são os mesmos para dar bom dia e para encerrar as refeições com satisfação.
No Rancho do Peixe Restaurante Fazenda, localizado em Brumadinho, por exemplo, essas e outras delícias da comida mineira são preparadas na hora com muito carinho. É tudo bom demais, e com um sabor sem igual.
Com todo esse papo de abrir o apetite, o que você achou de saborear mais da história da cozinha mineira? Deixe um comentário e fique em contato com a gente!
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